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domingo, 6 de junho de 2010

Sobre gênios e loucos




Ola pessoal,está pesquisa foi feita no site www.portalsãofrancisco.com.br/.../sobre- gêneos-e-loucos.hph

O que mais me chamou atenção foi o título e é claroo, depois o contéudo do texto.
Então vamos ver o que ele traz de novo...


Munch, Van Gogh, Picasso - De muitos artistas sempre se disse que não batiam lá muito bem da cabeça. Pois agora aumentam as evidências científicas de que criatividade e doença mental andam de fato muito próximas

Muitas pessoas já me caracterizaram como louco", escreveu certa vez Edgar Allan Poe (1809-1849). "Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência." Nessa sua suspeita de que genialidade e loucura talvez estejam intimamente entrelaçadas, o escritor americano não estava sozinho. Muito antes, Platão mostrara acreditar em uma espécie de "loucura divina" como base fundamental de toda criatividade.

Uma lista interminável de artistas célebres, parte deles portadores de graves transtornos psíquicos, parece confirmar o ponto de vista do filósofo grego. Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Lord Byron, Liev Tolstói, Serguei Rachmaninov, Piotr Ilitch Tchaikóvski, Robert Schumann - o célebre poder criativo de todos eles caminhava lado a lado com uma instabilidade psíquica claramente dotada de traços patológicos. Variações extremas de humor, manias, fixações, dependência de álcool ou drogas ainda hoje atormentam a vida de muitas mentes criativas.

SERÁ MERA COINCIDÊNCIA?

No início do século XX, a busca pelas raízes da genialidade era um dos temas mais palpitantes da investigação psicológica. Cientistas de ponta tinham poucas dúvidas de que certos males psíquicos davam asas à imaginação. "Quando um intelecto superior se une a um temperamento psicopático, criam-se as melhores condições para o surgimento daquele tipo de genialidade efetiva que entra para os livros de história", sentenciava o filósofo e psicólogo americano William James (1842-1910). Pessoas assim perseguiriam obsessivamente suas idéias e seus pensamentos - para seu próprio bem ou mal -, e isso as distinguiria de todas as outras.

Sigmund Freud também se interessou pelo assunto. Convicto de que encontraria "algumas verdades psicológicas universais", analisou vida e obra de artistas e escritores famosos, buscando pistas de transtornos mentais. Mas foi somente a partir dos anos 70 que Nancy Andreasen, psiquiatra da Universidade de Iowa, começou a investigar de forma sistemática a suposta ligação entre genialidade e loucura. Participaram de sua experiência 30 escritores cujo talento criativo havia sido posto à prova na renomada oficina de autores da universidade.

Andreasen examinou essas personalidades à procura de distúrbios psíquicos e comparou os dados obtidos aos daqueles grupos de um grupo de controle: 80% dos escritores relataram perturbações regulares do humor, ante 30% no grupo de controle. Quarenta e três por cento dos artistas satisfaziam os critérios para o diagnóstico de uma ou outra forma de patologia maníaco-depressiva, o que, no grupo de controle, só se verificou em uma a cada dez pessoas. Durante o estudo, dois escritores cometeram suicídio - dado que, segundo Andreasen, não seria estatisticamente significativo. A psiquiatra comprovou pela primeira vez e com métodos científicos que, por trás da suposta conexão entre criatividade elevada e psique enferma, haveria algo mais que o mero e surrado lugar-comum.

Em 1983, Kay Redfield Jamison conduziu um estudo em que obteve resultados claros e semelhantes. Psicóloga da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ela contatou 47 pintores e poetas britânicos renomados. Seguindo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), examinou a presença de transtornos de humor caracterizados por fases depressivas.

Segundo o Manual, esses transtornos são marcados por estados depressivos que duram de duas a quatro semanas e prejudicam sensivelmente o cotidiano dos pacientes, que não conseguem animar-se para nada, sofrem perturbações da concentração e do sono e têm pensamentos negativos beirando o desespero total. A presença desses sintomas aponta para o chamado transtorno depressivo maior. Mas, além desse, há também os transtornos bipolares, nos quais fases depressivas são alternadas com picos de euforia - os episódios maníacos. Nesse caso, os pacientes quase não dormem, estão sempre ocupados com alguma coisa, seus pensamentos saltam de um tema a outro e eles atribuem a suas idéias - e, em geral, também a si próprios - grandeza absoluta.

Tais males psíquicos, caracterizados como depressões maníacas, estão entre os transtornos de humor pelos quais Jamison procurava em seu estudo. Ela constatou que quase 40% dos artistas examinados haviam requerido ajuda médica alguma vez na vida - taxa 30 vezes mais alta que a verificada entre a média da população. A corporação dos escritores revelou ser a que sofria dos problemas psíquicos mais severos. Um a cada dois poetas já havia recorrido a tratamento psiquiátrico em virtude de depressão ou episódios maníacos.

Na década de 80, Hagop Aksikal entrevistou outros 20 artistas europeus, tendo por base os critérios do DSM. Dois terços deles sofriam de episódios depressivos recorrentes, muitas vezes combinados com os chamados estados hipomaníacos - forma menos pronunciada da mania. Como constatou esse psicólogo da Universidade da Califórnia, em San Diego, metade dos artistas tinha enfrentado depressão em algum momento da vida. Tendência semelhante, aliás, Aksikal já havia observado entre músicos de blues nos Estados Unidos.

Com base nessas pesquisas, Jamison concluiu que o grande número de artistas com diagnóstico de depressão ou de transtornos bipolares já não podia ser atribuído ao acaso. A pesquisadora admitia deficiências metodológicas também em seu próprio estudo - por exemplo, o número demasiadamente reduzido da amostra -, mas a conexão entre instabilidade psíquica e potencial criativo era evidente.

Ruth L. Richards e colegas da Harvard Medical School, em Boston, tentaram abordar a questão de outro ponto de vista. Em vez de saírem em busca de males psíquicos em artistas reconhecidos, inverteram a pergunta: portadores de enfermidades psíquicas seriam particularmente criativos? Eles examinaram a criatividade de 17 pacientes com depressão maníaca manifesta e de 16 ciclotímicos - a forma mais amena do transtorno bipolar -, com base na chamada Lifetime -Creativity Scale.

Nessa escala de criatividade influenciam não apenas os testes relacionados ao pensamento inovador e original, mas também o desempenho criativo nas esferas pessoal e profissional. Os pacientes saíram-se melhor que o grupo de pessoas utilizado para comparação, composto de indivíduos sem qualquer histórico psiquiátrico.

O tipo de transtorno desempenhou aí papel bastante decisivo. Os participantes ciclotímicos revelaram-se muito mais criativos. Além disso, ficaram atrás de seus familiares sem distúrbios psíquicos evidentes, também avaliados. A hipótese aventada pelos pesquisadores foi, portanto, a de que os parentes dos pacientes talvez tendessem à instabilidade psíquica, cuja manifestação neles se daria de forma tão amena que não lhes causaria problemas. "É possível que pessoas com tendência reduzida, talvez até imperceptível, à instabilidade bipolar sejam mais criativas", concluíram os pesquisadores.

Nesse meio tempo, o pensamento aguçado, de criatividade incomum, e a produtividade elevada passaram até mesmo a serem considerados indícios no diagnóstico de fases maníacas. Mas como uma enfermidade tão perturbadora e destrutiva pode incrementar nosso poder criativo? Afinal, normalmente reina o caos entre os maníaco-depressivos, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal. Em meio a episódios maníacos, endividam-se, mergulham em relacionamentos duvidosos e aventuras sexuais sem medir as conseqüências. Agressões e até mesmo alucinações integram o quadro. Então, a esse apogeu temporário segue-se sempre o mergulho em depressão profunda.

O psicólogo americano Joy Paul Guilford (1897-1987) definiu criatividade como a capacidade de, diante de um problema, "encontrar respostas incomuns, de associação longínqua". Para chegar a uma idéia original, abandonam caminhos já trilhados e pensam de modo diferente. O intelecto, então, não se aferra à busca de uma única solução correta, mas move-se em diversas direções. Quanto mais fluentes e livres jorrarem os pensamentos, melhor.

São precisamente esses talentos que os portadores de transtornos bipolares exibem em abundância na fase maníaca. Seu cérebro trabalha à toda, despejando idéias nada convencionais. Essa imensa produção está longe de resultar apenas em coisas sensatas, mas pouco importa: a massa de idéias que brota da mente maníaca eleva a probabilidade de que haja entre elas alguns lampejos mentais "genuínos".

O psicólogo Eugen Bleuler, contemporâneo de Freud, via aí o elo procurado entre genialidade e doença mental. "Mesmo que apenas os casos amenos produzam algo de valor, o fato de neles as idéias fluírem com mais rapidez e, sobretudo, de as inibições desaparecerem estimula as capacidades artísticas."

Também para Jamison, o segredo está no pensamento rápido e flexível, bem como no dom de unir coisas que, à primeira vista, não possuem qualquer conexão entre si. O que Bleuler, no passado, só podia supor hoje é confirmado por estudos científicos. Assim, pacientes de hipomania mostram superioridade em testes de associação de palavras: num espaço de tempo delimitado e com uma palavra dada, são capazes de associar quantidade bem maior de conceitos que pessoas em perfeitas condições psíquicas. Dão menos respostas estatisticamente "normais" que as do grupo de controle, mas encontram soluções heterodoxas em número três vezes maior.

Hipomaníacos chamam a atenção também por seu modo de falar. Tendem a fazer uso de rimas e empregam com freqüência associações sonoras, tais como as aliterações. Além disso, seu vocabulário compreende em média três vezes mais neologismos que o de uma pessoa saudável. E mais: nos pacientes em fase maníaca, a rapidez do processo de pensamento traduz-se numa elevação do quociente de inteligência.

Maníaco-depressivos exibem também certas qualidades não cognitivas muito úteis aos artistas. Robert DeLong, psicólogo da Harvard Medical School, pediu a um grupo de crianças, todas com sinais precoces de transtorno bipolar, que fizesse desenhos sobre um tema.

Na comparação com o grupo de controle, não apenas seu nítido e transbordante poder de imaginação chamou atenção. DeLong ficou ainda mais impressionado com a extraordinária capacidade de concentração dessas crianças, que se dedicaram durante horas à tarefa, sem se deixar distrair por coisa alguma. Como resultado, seu brilhantismo revelou-se tanto no desempenho espantoso da memória quanto nos desenhos detalhados.

Energia fabulosa e concentração total caracterizam também as fases criadoras de muitos pintores, escultores, escritores e poetas. Muitos deles varam noites escrevendo ou passam horas sem fim no ateliê, sem dormir.


ULRICH KRAFT é médico e jornalista científico.
Tradução de Sergio Tellaroli
Fonte: www2.uol.com.br/vivermente

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Pessoal, já é madrugada e novamente aquela maldita insônia, mas como amanhã é segunda e tenho várias coisas a fazer vou tentar novamente dormir...e espero desta fez conseguir...tomando algum relaxante, sedativo, sei lá...preciso dormir...

Mas prometo retornar a este texto e deixar a minha contribuição como ser humano e portardor deste transtorno...que como vimos tem seu lado bom e ruim...como em tudo na vida, basta escolher de que forma você prefere encarar a realidade e os fatos...eu sempre procuro escolher aquele que me faz enxergar o lado positivo(não negando, é claro a parte negativa),mas gosto deaprender com tudo e me informar e depois tirar alguma ou várias lições para minha vida...então fica marcado um novo encomtro neste tema...
Boa noite.

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Oi pessoal, de novo por aqui ápos uma pausa...sem muito tempo para pensar,refletir, escrever...esqueci de contar mais viajo pra Sta Catarina e Caxias (por enquanto) e trago roupas pra vender... é uma atividade que me realiza muito porque além de adorar estar por dentro das tendências da moda e compor um figurino(pensanto em cada cliente com seu estilo); adoro comprar $$$ como todo bipolar na sua fase maniaca, então aproveito e realizo esse lado maniaco(rsrsrsr)faço meus estragos, mas sem prejuízos e ainda por cima saío lucrando...temos que juntar o útil ao agradavél, hehehehe

Ou melhor dizendo a loucura com a sanidade de saber comprar e vender, com toda modesta, eh claro(rsrsrsrs)

Está pesquisa comprovada que encomtrei achei super interessante...que lista grande parte de artistas célebres, eram portadores de algum transtorno psiquíco...e que a ciência comprovou que a criatividade e doença mendal andam muito próximas...

Ufa!! pelo menos alguma coisa em nosso favor(rsrsrs)...agora quando olharem para um "dito" louco vão pensar esse cara deve ter alguma coisa legal, interessante que possa me acrescentar, nem que seja um pouco da sua loucura,da sua liberdade de se desligar do mundo e se permitir viajar por uns segundos...

Outra coisa legal nesta pesquisa, é que a fase mania ou hipômaniaca mais séria é a que os artistas produzem mais e têem mais idéias, associações, e se tornam obssessivos vão até o fim daquilo que iniciam e isso pode durar dias, semanas,meses dependêndo de cada "louco"(rsrsrsr)cada caso é um caso...ha!! e que teriam mais propensão a dependência ao álcool e drogas...EU ACREDITO NESSA SENTENÇA, rsrsrsrsr

E que o pessoal da classificação ciclotimicos( que é a minha) seriam pessoas mais criativas,ebâaaaa

Enfim cada louco na sua classificação, com sua gênealidade, com um bônus a mais positivo,para cada loucura...DEUS É PAI NÃO É PADRASTO...eu sempre digo isso, ele sabe o que faz com certeza...

...digo isso porque "Dói ser diferente, dói ser visto como louco, dói ter que tomar rémedios todos os dias, dói os efeitos colaterias dos rémedios, dói os prejuízos que doença faz e traz com o passar dos anos"...mas se olharmos pelo lado positivo passamos de LOUCOS para GÊNIOS e isso não é para qualquer um...tem que ter muita garra,força d vontade e coragem pq a guerra dependendo do caso é grande/grave , mas principalmente o que todo TRANSTORNADO deve ter esperança, resignação e muita fé...

Será mera coincidência? eu não acredito em coincidências nem no acaso Acredito temos o que precisamos para evoluir, uns através das doenças, outros por falta de condições financeiras, outros por nascerem orfãos, e etc...mas todos estamos amparados pelo mesmo Deus e ele sempre sabe o que faz, eu acredito em DEUS, é fundamental acreditarmos em algo, termos alguma religião, crença, filosófia, enfim alguma coisa que nos de respostas, que amenize nossas dores e as dores do mundo, que diariamente escutamos e vêmos pelos meios de comunicação....de alguma maneira precisamos entender, ou pelo menos tentar...

E olha só o que livro tenho aqui na minha frente, acabei de lembrar que um menbro da minha familia ganhou de natal este livro "De Gênio e louco todo mundo tem um pouco"(Augusto Cury),hehehehe

Vamos ver o que ele traz..."Não há gênio que não tenha sua loucura e louco que não tenha sua genealidade"

Claro que isso é só um comentário o livro é maravilhoso, uma leitura agradavél, leve, divertida,cada capítulo é uma fato sempre com bom humor... eu recomendooo...

...como vocês já devem ter escutado ninguém é louco 365 dias do ano, assim como ninguém é normal durante os 365 dias do ano...em algum momento á sanidade e em outro loucura pra todos nos...talvez mude na intensidade e frequência( e mesmo assim tenho minhas dúvidas,rsrsrsr)

Bom amanhã é outro dia...dia dos Namorados...parabéns para os namorados e enamorados e para aqueles solteiros de plantão, amanhã é dia normal...é isso ai... vamo a luta pq não tá mordo quem peleia...rsrsrsrs

Boa noite.

2 comentários:

O Cadáver Poético disse...

Existe uma linha fina entre a genialidade e a loucura.


Eu apaguei essa linha.

Convivêndo com bipolaridade disse...

comcordo plenamente.
abç.