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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Disciplina Filosofia da Educação II. Pedagogia/URCAMP/ BAGÉ.

Ana Cristina Marques Silveira


Paradigma Clássico da Filosofia da Educação – Aristóteles


Filosofo Aristoteles imagem pega da internet.


Bagé
2008


Sumário


- Introdução

- Desenvolvimento

- Conclusão

- Fontes Bibliográficas

Introdução

            Aristóteles nasceu em 384 a.C em Estagira (Macedônia) e morreu no ano 322 a.C em Cálcis (Eubéia).
            Viveu na Grécia no do séc IV a.C. Aristóteles foi viver em Atenas, aos dezessete anos, entrou na Academia de Platão, tornando seu discípulo, permaneceu na Academia por vinte anos.
            Aluno de Platão, a quem reconhecia o gênio. Mas seguia o seu próprio caminho, com uma filosofia bem diferente do mestre, enquanto Platão utilizava os diálogos e concebia a “existência de dois mundos” : aquele que é apreendido por nossos sentidos, o mundo concreto, que está em constante mutação, e um outro mundo, o abstrato, o mundo das idéias, imutável, independente do tempo e do espaço que nos é acessível somente pelo intelecto. Aristóteles utilizava a sistematização, a lógica e concebia a existência de um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos bases sólidas para empreender investigações filosóficas. Para ele o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nosso sentido, ele não acreditava e não via razões acreditar no mundo das idéias ou das formas mais platônicas.
           
      Após a morte de Platão, Aristóteles deixa a Academia. E no ano de 343 a.C, passou como preceptor do Imperador Alexandre, o grande da Macedônia. Quando Alexandre assume o poder, Aristóteles regressa a Atenas e funda o Liceu, sua própria escola de filosofia (335 a.C; onde ensina até 322 a.C), voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseiam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza.
            Aristóteles se dedicou ao estudo e a sistematização do conhecimento filosófico e cientifico, produzido na época.
            Pensou e descreveu os campos básicos da investigação da realidade e deu-lhes o nome com que são conhecidos até os nossos dias: lógica, física, política, economia, psicologia, metafísica, meteorologia, retórica e ética.
            Considerando o criador do pensamento lógico, Aristóteles definiu as formas de inferência que são validas e as que não são, alem de nomeá-las.

                                                       Desenvolvimento

            Aristóteles aplicou a lógica, antes de tudo, para responder a uma questão que lhe parecia a mais importante de todas: O que é ser? Ou, em outras palavras o que significa existir?
            O filosofo constatou que as coisas não sos a matéria de que se constituem.
Por exemplo, uma pilha de telhas, outra de tijolos, vigas e colunas de madeira não são uma casa. Para se tornarem casa, é necessário que estejam unidos de modo determinado, numa estrutura muito especifica e detalhada.
            Essa estrutura é a casa e os materiais, embora necessários, podem variar.
            O mesmo acontece com nós: Com o tempo, nosso corpo está em constante mutação – transforma-se da infância para adolescência, desta para a idade adulta e finalmente, para a velhice. Nem por isso deixamos de ser nós mesmos. Da mesma maneira, um cão: é um cão em virtude de uma organização e estrutura que ele compartilha com os outros cães, o que o diferencia de outros animais que também são feitos de carne, pelos ossos, sangue...
            Então Aristóteles distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares:
           
            - Causa material: de que a coisa é feita?
            No exemplo da casa, de tijolos.

            - Causa eficiente: o que fez a coisa?
            A construção.

            - Causa formal: o que lhe da a forma?
            A própria casa.

            - Causa final: o que lhe deu a forma?
            A intenção do construtor.
           
            Como vimos, para Aristóteles, uma coisa é o que é devido a sua forma. Ele compreende a forma como a explicação da coisa, a causa de algo ser aquilo que é.
            A essência de qualquer objeto é a sua função, diz ele que, se o olho tivesse uma alma, está seria o olhar; se um machado tivesse uma alma, esta seria o cortar.
            Entendendo isso, entendemos as coisas.
            Para Aristóteles, o que é próprio do homem é a razão. E todos nos queremos ser felizes no sentido mais pleno dessa palavra.
            Para busca da eudaimonia nada seria melhor que a razão. Mas enfim, isso que a razão busca? O que é felicidade? O que é um homem feliz (prospero)?
            Eis ai o inicio de uma investigação ética. O final dessa investigação nos leva a virtude.
            O filosofo lembra que, a felicidade consiste em coisas muito diversas, de modo que, não existe acordo ou formula única sobre o caminho certo para felicidade. O homem feliz não é mais rico ou o mais poderoso, mas aquele que se sente feliz nos momentos mais difíceis, agindo sempre com ética e nobreza.
            Aristóteles falando da felicidade e das virtudes distinguiu entre o que é uma avaliação de atos e o que é a avaliação de uma vida. Atos são virtuosos ou não. Mas quando se trata de avaliar uma vida, em sua plenitude, então teríamos de usar o adjetivo “feliz” ou “infeliz”. Assim, nossa linguagem indica que a utilizaremos não para adjetivar contingências em uma vida, mas para falar de algo que é o todo da vida.
            Sempre confiante na razão, guiada pela ética, como é de seu feitio, tratou a “fraqueza de vontade” – AKRASIA, percorrendo o caminho da analise empírica associada à consideração de fatores que mostram raciocínio e investigação.
            O problema da Akrasia foi central para Aristóteles: como que alguém pode prosperar, ser feliz, se, no caminho das virtudes, toma decisões que não lhe são boas? Decisões contrárias ao que é seu bem, não vão fazê-lo prosperar.
            Para Aristóteles é na observação empírica que se tem que de compreender o agente acratico, aquele que não consegue ter o conhecimento que deveria ter, de fato, no momento da ação.
            Ele compara o ato acrático com atos do louco, do bêbado, de modo a nos fazer entender o seguinte: também esses podem, no ato (razão e ação) saber se estão agindo errado; mas isso, não permite dizer que eles “de fato sabem” se estão agindo errado, que essa ação lhes faria mal. O sentido de “saber” é que está em jogo na análise de Aristóteles.
            Acredita-se que a auto-indulgência e a autoconfiança exageradas criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter, e conseqüentemente nos atos. Contudo, inibir esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua celebre doutrina do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois extremos.  
            Por exemplo, a generosidade é uma virtude que se situa entre o esbanjamento e a mesquinharia. A coragem fica entre a imprudência e a covardia; o amor próprio, entre a vaidade e a falta de auto estima. Nesse sentido, a ética aristotélica é uma ética do comedimento, da moderação do afastamento de todo e qualquer excesso.
            Como já vimos, para Aristóteles todas as coisas possuem uma causa final, uma finalidade. Essa finalidade é ser feliz. Para ele, viver bem e agir com prudência são o mesmo que ser feliz.
           

                                                                 Conclusão

            Concluindo, então, este trabalho. Percebo que para Aristóteles a filosofia começa partir sempre de uma situação de estranhamento, por meio de indagações, que nos levam a investigação da realidade, de forma sistematizadora.
            Fica claro que a virtude depende em boa parte da educação (do caráter), da experiência e do tempo. Percebo, que para o filosofo, é praticando as virtudes que nos tornamos virtuosos.
            Então faz da virtude, um instrumento importante, para formação do caráter, da educação. E é a virtude que faz o papel intermediário, entre o certo e o errado.
            Da o nome de “justo meio” ou meio termo, ou seja, é o termo entre dois defeitos.
            Para o filosofo, toda ação é sempre intencional, e ao agir, sempre propagamos ou visamos algum fim.
            Aristóteles destaca a razão e a ética, como ferramentas de caráter fundamentais para chegar à lógica aristotélicas das questões.

Fontes de Pesquisa

- Chauí, Marilene. Convite à filosofia. São Paulo editora Ática. 2005



Trabalho realizado durante o curso de Perdagogia/ URCAMP/ Bagé.
Bjãooo a todos os blogueiros e simpatizantessss!!

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